-> Reparou que num armário atrás de um colega meu, estavam uns phones, bem refundidos mas ele lá os mancou.
-> Resultado: Todos os dias pede para lhe darmos! Mesmo com 1 ou 2 pares no radio dele... Mas diz sempre que estão avariados...
-> Um dia não tive tempo de tomar o pequeno almoço no Hotel e trouxe uma sandes embrulhada num guardanapo.
-> Resultado: Entrou na sala, viu algo que se assemelhou a comida, pediu-me logo e disse que tinha fome... Óbviamente que ofereci a sandes...
-> Um colega meu uma vez ofereceu-lhe uma camisa.
-> Resultado: Todos os dias vem cá pedir camisas e gravatas...
Um dia pediu-me camisas a mim e disse-lhe que quando fosse a Portugal lhe trazia... Desde esse dia que não me largou as canelas...
Fui para Portugal e voltei, ele notou a minha falta e assim que me viu, perguntou logo: "Dotor... Camisas..." Ele é meio fanhoso...
Disse que não tinha, que me tinha esquecido, mas o sacana com aqueles olhos de sniper, mancou logo que havia um saco em cima da mesa pouco normal...
Agora, não imaginam a alegria do Baba... Epá, uma coisa deslumbrante... Com aquela dentadura desdentada, aquele lábio que quase toca no peito, aquela baba a cair e aqueles sons meio animalescos que lhe saiam devido ao seu estado de alegria... Ui... Um momento para não esquecer!
Essa alegria estonteante deveu-se ao facto de quando abriu o saco ter visto que estavam lá 3 camisas e umas 7 ou 8 gravatas... Em que uma delas era a minha primeira gravata com o Tweety...
Senti-me um verdadeiro Pai Natal...
3 comentários:
Enaaaa paaah... confirma-se é só pessoal fashion por aí!!! loooooooooooooooool
Eh man...
Mta castiço esse teu amigo. Quando voltares, entrego-te umas gravatas e camisas para lhe dares... Eu já não lhes dou uso e ele certamente agradecer-te-á.
;)
BABA MAN! :D
Mas que grande alegria saber do Baba, que eu conheci como Babas nos anos 80 quando estudava no secundário em Luanda (na altura Instituto Politécnico Makarenko).
O Babas era um grande amigo de todos os estudantes e professores e muito querido por todos. Enchia cadernos inteiros com a letra alfa dizendo que era a matéria que estudava...fazia pequenos recados aos professores a ajudava-nos (aos alunos) quando queríamos fazer uma aula "diferente"! Outra das suas características era uma sonora gargalhada (inimitável)e o facto de calcorrear a pé as ruas de Luanda a uma velocidade espantosa...Esse Babas é um símbolo da minha juventude, hoje tenho 44 anos e falo dele à minha filha adolescente- estava certa de encontrá-lo na net- essa figura ímpar da história de Luanda. Obrigada ao autor do blog por permitir-me reencontrar o grande Babas. Se o amigo um dia se lembrar, pergunte ao Babas se ele se lembra da Luísa e da Sandra, que estiveram em França, do Makarenko...e dos professores Ramalheira e Malheiros (hoje engenheiros mecânico e civil respectivamente),...não me admirava nada que se lembrasse, pois o Babas tinha uma memória prodigiosa.
Bem haja
Luísa Fresta
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